Marca do CRQ para impressão
Disponível em <https://crqsp.org.br/minas-gerais-deve-produzir-terras-raras-a-partir-de-2026/>.
Acesso em 30/10/2024 às 04h23.

Minas Gerais deve produzir terras raras a partir de 2026

Minas Gerais deve produzir terras raras a partir de 2026

Mineradora australiana investirá R$ 1,5 bi no Projeto Caldeira, em Poços de Caldas

11 de agosto de 2023, às 13h19 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

O governador Romeu Zema durante a cerimônia de assinatura do Projeto Caldeira em Poços de Caldas.  Foto: Cristiano Machado/Imprensa MG

 

Representantes do Ministério de Minas e Energia, da agência Invest Minas e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), assinaram na quarta-feira, 9 de agosto, em Poços de Caldas, um protocolo de intenções com a empresa australiana Meteoric Resources para a extração de terras raras em Minas Gerais.

O Projeto Caldeira compreende 51 processos minerários e deve gerar 500 empregos diretos e 1,5 mil indiretos a partir do início das operações, em 2026. O acordo prevê investimentos de R$ 1,5 bilhão nos próximos três anos.

Segundo o Ministério das Minas e Energia, o Brasil tem a terceira maior reserva de terras raras do mundo, com 21 milhões de toneladas, o mesmo que a Rússia. Os maiores depósitos desses metais se concentram na China e no Vietnã. Atualmente, a China concentra cerca de 90% da produção mundial de terras raras.

Os estudos sobre a qualidade e a quantidade das reservas em Poços de Caldas são feitos há 12 anos pela fabricante de materiais refratários Togni, instalada na região há mais de 60 anos. Esses ensaios apontaram que o material encontrado nos depósitos da região possui alto potencial mercadológico.

“No Brasil, as terras raras são encontradas nas areias monazíticas do litoral e principalmente em jazidas próximas a vulcões extintos, como nas cidades de Araxá e Poços de Caldas, em Minas Gerais, Catalão, em Goiás, e também em Pitinga, no Amazonas. É provável que as reservas brasileiras sejam muito maiores do que está comprovado atualmente, em especial na Amazônia”, disse ao Jornal da USP o professor Fernando Landgraf, da Escola Politécnica (Poli) da USP, em entrevista publicada em 2021.

As terras raras são utilizadas em várias indústrias, principalmente naquelas que produzem equipamentos geradores de energia renovável, como turbinas eólicas e células fotovoltaicas, e também em celulares, cabos, ímãs e baterias, entre outros equipamentos. Clique aqui para ler mais sobre as terras raras em artigo publicado na seção Química Viva.

 

Com informações da Agência Minas, Ministério de Minas e Energia e Jornal da USP

 

Compartilhar