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Acesso em 22/02/2025 às 13h10.

Tintas industriais: do embelezamento à proteção

Tintas industriais: do embelezamento à proteção

Live abordou fabricação e novidades do setor de tintas

17 de fevereiro de 2025, às 16h30 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

 

A Comissão Técnica de Tintas e Adesivos do CRQ-SP promoveu nesta segunda feira no canal do CRQ-SP no YouTube uma live sobre tintas industriais. O palestrante foi Daniel Sutti, químico, mestre em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos e integrante da Comissão Técnica de Tintas e Adesivos do CRQ.

Daniel informou as tintas são formadas por resinas, pigmentos e cargas, solventes e aditivos, e explicou a função de cada um desses elementos. A seguir fez um histórico sobre o uso de tintas, um hábito que remonta à pré-história, com pinturas nas paredes das cavernas, chegando aos dias atuais, com destaque para o desenvolvimento das tintas automotivas, um dos tipos de tinta de ponta em termos de tecnologia.

Mostrou os diversos setores industriais que utilizam tintas, desde a construção civil até mobiliário, impressão, artísticas e cosméticas, e explicou: “Para cada um desses segmentos há tecnologias e produtos diferentes, e especificações bastante diversificadas”. Falou dos desafios das indústrias do setor, como as exigências atuais, os sistemas de qualidade, as certificações e programas setoriais, e abordou a questão das substâncias restritas por leis ou por legislações estrangeiras, como a União Europeia.

Daniel falou sobre os aditivos verdes, que são materiais sustentáveis, sem chumbo, não perigosos e oriundos de fontes limpas, que têm propriedades como maior durabilidade e origem sustentável.

 

Fabricação

 

Daniel Sutti mostrou um cronograma do processo de fabricação das tintas, a partir da mistura com água e solvente, e falou sobre as especificações das tintas automotivas e da importância deste mercado. Abordou os tipos de metais que compõem os veículos e os tratamentos de superfícies que são aplicados, inclusive os pré-tratamentos, que são à base de fosfato de ferro ou zinco e até mesmo à base de nanotecnologia. Ele discorreu sobre  a pintura E-Coat, uma tinta de eletrodeposição, como ela é feita e onde pode ser aplicada, como autopeças, esquadrias, bijouterias e implementos agrícolas.

Na sequência ele falou sobre as tintas em pó e suas características, e detalhou tipos e usos das tintas industriais, como as tintas navais, para pintura de perfis de PVC, e de componentes plásticos. Também falou sobre as normas e especificações das tintas para cada segmento industrial, como na fabricação de eletrodomésticos, automóveis, esquadrias de aço e alumínio.  Explicou a importância de se ter uma tinta com boa aderência, e discorreu sobre os testes de aderência e ensaios de corrosão.

Ao final ele abordou as novidades tecnológicas no setor de tintas e as melhorias em fórmulas, como os bioglitters e os polióis acrílicos, além do uso dos nanocompostos, que, segundo ele, são uma classe de materiais com potencial gigante para uso nas tintas mas com indefinições sobre seus riscos, já que não se conhece seus efeitos de longo prazo no ser humano. Esta é uma questão a ser discutida, alertou.

Ao longo da live e ao final Daniel Sutti respondeu às perguntas dos participantes. Mais de 220 pessoas assistiram a live ao vivo. A palestra está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=JAhC3V5DfNA.

 

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