Seminário discutiu o Profissional da Química do futuro
Seminário discutiu o Profissional da Química do futuro
Objetivo foi discutir os 20 anos as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química. Representantes do Senai e MEC participaram6 de junho de 2023, às 15h42 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
O Conselho Federal de Química (CFQ), por meio do Comitê de Relações Institucionais e Governamentais (CRIG) e do Comitê de Governança de Ensino e Formação (CGEF), promoveu nesta semana o Seminário “O Profissional da Química do Futuro”, que teve como objetivo discutir os 20 anos as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química. O presidente do CRQ-IV/SP, Hans Viertler, e o Superintendente do órgão, Wagner Contrera Lopes, participaram dos debates.
Na abertura do evento, o presidente do CFQ, José de Ribamar Oliveira Filho, destacou sua trajetória como professor e reputou como muito importante a conexão entre o conselho profissional e o universo do ensino.
“Estamos abertos a discutir e atentos a tudo que possui pertinência com a Química no Brasil. Temos 21 CRQs e estamos presentes nas 27 unidades da federação. Esse tema é muito importante, o ensino da Química, porque o domínio dessa área é até uma questão de soberania nacional”, afirmou Oliveira Filho.
Em seguida, o coordenador do CRIG, Rafael Almada, agradeceu aos participantes pela presença e fez uma breve explanação sobre o funcionamento do Sistema CFQ/CRQs
“É muito bom poder tê-los aqui e dialogar com vocês. É um foco muito grande do CFQ, temos uma relação muito forte com os técnicos da Química, que estão no Sistema desde 1956, além dos profissionais em nível superior”, comentou Almada.
O coordenador do CGEF, conselheiro federal Wilson Botter, ressaltou que uma das preocupações do CFQ é exatamente incentivar e motivar os estudantes a seguirem as carreiras relacionadas à Química – até para evitar um eventual apagão de profissionais no futuro, o que prejudicaria o país.
“Isso tem nos deixado preocupados, pois temos notado que, ali pelo ensino médio, os estudantes têm perdido a vontade de estudar Química. Na minha opinião, o curso de Engenharia Química é um dos mais difíceis, dos que exigem competências intelectuais mais intensas. E o país precisa desses profissionais”, afirmou Botter.
O seminário contou com a presença de representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Ministério da Educação. Pelo Senai, o superintendente de Educação Profissional e Superior, Felipe Morgado, fez uma apresentação sobre o funcionamento da entidade e os principais projetos em que está envolvida.
“Nosso propósito é identificar os ‘gaps’, observar onde há carência de profissionais, em que áreas. Nesses gaps é que a gente procura atuar. Identificamos que no afã de reindustrialização que estamos vivendo, a Química é um setor decisivo”, afirmou.
Já o representante do MEC, assessor da Diretoria de Políticas e Regulação, Pierry Teza, afirmou que o Ministério atua em diversas frentes de maneira simultânea, sem descuidar de chagas da Educação brasileira, como as altas taxas de evasão e as deficiências nas Educação Básica que fazem com que apenas 5% dos estudantes das séries mais avançadas tenham aprendizado adequado para matemática.
“O MEC tem a disposição de atender a todos no que for preciso. Sempre procuraremos vocês e percebemos a necessidade de integração, afinal vocês são o órgão envolvido em uma etapa importante, a de encaminhamento aos profissionais”, afirmou Teza.
Com informações do Conselho Federal de Química