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Acesso em 06/10/2024 às 06h36.

CRQ-IV/SP destaca produção científica de Profissionais de Nível Técnico

CRQ-IV/SP destaca produção científica de Profissionais de Nível Técnico

Live abordou o tema "resíduos que tratam resíduos"

23 de janeiro de 2024, às 17h49 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

 

A primeira live do ano promovida no canal do YouTube do CRQ-IV/SP marcou a abertura do projeto “Técnicos do Futuro”. A ideia do CRQ é mostrar o trabalho dos Técnicos de Nível Médio e como sua atuação impacta a sociedade.

Na pauta desta terça-feira estavam os trabalhos de conclusão de curso de dois jovens profissionais formados pela Escola Técnica Irmã Agostina, em São Paulo. Os projetos, produzidos em grupo,  eram sobre o reúso de subprodutos das indústrias para tratamento de efluentes de grande impacto ambiental, como metais e fármacos.

O mediador foi Klauss Engelmann, Bacharel e Licenciado em Química pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor do Curso Técnico em Química na Irmã Agostina, que ao lado de outros professores orientou os dois trabalhos.

Tratamento de efluentes na indústria cervejeira

O primeiro palestrante foi Thiago Martins Rocha de Paiva, que atualmente está cursando Ciências Ambientais na Universidade Federal de São Paulo.

Ele falou sobre a remoção de íons de Ni2+ de efluentes a partir de biossurfactante extraído do creme de levedura da indústria cervejeira. Esse creme é um resíduo gerado durante o processo de fermentação. O objetivo foi utilizar o resíduo para extrair da saccharomyces cerevisiae, que é a levedura normalmente utilizada na produção da cerveja, um bioproduto com propriedades surfactantes com a finalidade de tratar efluentes contaminados com metais.

Paiva salientou o conceito de sustentabilidade e de como surgiu a ideia do grupo que elaborou o estudo de trabalhar com um biossurfactante extraído do creme de levedura. Explicou as causas dessa escolha para tratar os efluentes da própria indústria cervejeira e os resultados da extração de manoproteína, detalhando as pesquisas e as dificuldades enfrentadas até que se chegasse a um bom resultado na redução dos contaminantes.

Ele contou que o grupo de alunos que conduziu o projeto ganhou vários prêmios de incentivo científico e se destacou durante a Semana do Meio Ambiente de 2022, no Rio de Janeiro.

 

 

Remoção de paracetamol em efluentes

A segunda palestra foi com Raíssa Borges de Oliveira Leal, estudante da Stetson University (EUA) nas graduações de Química e Administração de Negócios. Ela falou sobre o estudo Biossorventes utilizados no processo de remoção de paracetamol em efluentes: estudo da cinza e o pó da casca de arroz.

O paracetamol é um princípio ativo de medicamentos analgésicos amplamente utilizados pela sociedade no cotidiano. Mas o descarte deste produto é realizado muitas vezes de forma incorreta, o que se soma às deficiências das redes de tratamento de esgotos, provocando a contaminação de cursos d’água e do solo. O estudo analisou a possibilidade e os resultados do uso dos biossorventes pó e cinzas da casca de arroz a fim de avaliar qual das metodologias é a mais eficaz para reduzir a presença do paracetamol em efluentes.

Raíssa mostrou estudos sobre a presença de paracetamol em águas superficiais em vários países e as consequências danosas de sua presença para a flora e à fauna. Ela explicou por que seu grupo decidiu utilizar a casca de arroz para adsorção da substância. Mostrou as etapas de realização do trabalho e como foram feitos os ensaios de adsorção do paracetamol, além dos resultados obtidos tanto para o pó quanto para as cinzas da casca de arroz.

As conclusões do estudo mostraram que as cinzas tiveram os melhores resultados para eliminação do paracetamol da água, com a vantagem de poderem ser regeneradas e reutilizadas no mesmo processo.

Ao final os dois palestrantes responderam às perguntas dos participantes. A live, acompanhada por mais de 135 pessoas, está disponível neste link .

 

 

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