Live discutiu a importância da calibração de equipamentos
Live discutiu a importância da calibração de equipamentos
Especialistas esclareceram dúvidas dos participantes. Evento reuniu mais de 300 pessoas ao vivo16 de setembro de 2024, às 16h59 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Na live transmitida hoje, 16, especialistas abordaram os fundamentos da calibração e manutenção de equipamentos, práticas que são fundamentais para garantir a precisão e confiabilidade dos dados obtidos em processos industriais e laboratoriais. Organizado pela Comissão Técnica de Divulgação do CRQ-IV/SP e transmitido pelo canal da entidade no YouTube, o evento chegou a reunir mais de 300 pessoas ao vivo.
O primeiro bloco foi apresentado por Renato Rainho, fundador e diretor da ER Analítica, que esclareceu dúvidas introdutórias relacionadas ao tema. Ele explicou que a calibração consiste na comparação entre o valor lido no equipamento e um valor de referência. O ajuste, por sua vez, é o procedimento responsável por corrigir os erros de leitura no equipamento. Segundo ele, esses processos nem sempre são realizados pela mesma empresa ou profissional, embora esse seja o ideal.
Rainho falou ainda sobre a diferença entre a calibração acreditada – realizada por laboratórios credenciados pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro – e a rastreada – realizada segundo procedimentos internos do laboratório, baseada em normas nacionais e internacionais. Ele disse dar preferência ao primeiro tipo.
Tadeu Muner, coordenador técnico e comercial da Digimed, e Alexandre Rodrigues, Engenheiro de Aplicação e Vendas, conduziram o segundo bloco da live, que tratou sobre as aplicações práticas da calibração. O primeiro equipamento a ser discutido foi o pHmetro que, como o próprio nome sugere, é utilizado para medir o pH. Para garantir uma calibração mais precisa e estável, Muner destacou a importância de usar soluções-tampão com valores conhecidos e padronizados.
Outro ponto importante abordado foi a relação entre pH e temperatura. Ele ressaltou que os valores de pH são informados com base em uma temperatura de referência de 25°C, e que a maioria dos equipamentos atuais já possuem termocompensadores, que ajustam as leituras conforme a temperatura da amostra.
Ainda sobre o pHmetro, os especialistas ressaltaram a importância de monitorar a vida útil dos eletrodos, verificando regularmente a solução eletrolítica e observando sinais de desgaste. Muitas vezes, problemas de leitura são causados por desgaste do sensor e não necessariamente por falhas eletrônicas no equipamento.
Eles explicaram ainda como realizar a calibração de outros equipamentos, como o condutivímetro (utilizado para medir a condutividade das amostras), o turbidímetro (que mede a turbidez da água) e o colorímetro (que avalia a cor da água). Cada um deles requer cuidados específicos para garantir leituras precisas.
Respondendo à primeira pergunta do último bloco, Renato Rainho explicou porque é importante calibrar o analisador de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) regularmente. Esse equipamento é responsável por medir a quantidade de oxigênio necessária para decompor a matéria orgânica presente em uma amostra de água.
Segundo ele, não apenas o DBO, mas todos os equipamentos utilizados em laboratório devem ser calibrados periodicamente, seguindo a instrução do próprio fabricante ou em intervalos definidos pelo laboratório. Como já ressaltado, isso garante mais confiabilidade para a análise.
“Para qualquer equipamento que será calibrado e ajustado é necessário ter confiabilidade nos padrões que estamos utilizando, observar se estão dentro do prazo de validade, conservados, sem contaminação”, ressaltou. Caso contrário, os resultados serão imprecisos.
O evento foi mediado pela Química Ingrid Ferreira Costa e pela Engenheira Química Catarina Sandor, ambas da Comissão Técnica de Divulgação. Até o momento de publicação desta matéria mais de 900 pessoas já haviam assistido ao evento.
A gravação segue disponível no canal do Conselho no YouTube. Clique aqui para assistir.