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Acesso em 24/04/2025 às 14h55.

Live analisou doenças causadas por mosquitos

Live analisou doenças causadas por mosquitos

Seminário no canal do CRQ-SP no YouTube marcou Dia Mundial da Saúde

10 de abril de 2025, às 16h28 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Uma live promovida nesta quinta-feira pela Comissão Técnica de Serviços de Saúde no canal do CRQ-SP do YouTube marcou o Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril.

Na pauta, as principais doenças causadas por mosquitos, como dengue, zika, chikungunya e oropouche, as formas de controle e questões como a influência das mudanças climáticas e da urbanização na propagação das doenças e de seus vetores.

Dois palestrantes foram convidados, o químico Nicholas Roberto Rodrigues, consultor de empresas de controle de pragas, e o Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Sanches, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP de Araraquara. A mediação foi feita pela química Danielle da Costa Silva.

 

Controle de vetores

 

Nicholas Rodrigues abriu a palestra informando que o mosquito é o animal que mais mata no mundo. Ele explicou que pragas urbanas são os animais que vivem em áreas urbanas que causam danos à saúde ou prejuízos econômicos. O mosquito nas suas diversas formas causa danos à saúde, e a primeira forma de controle são as medidas preventivas e outras formas de controle, como a nebulização UBV e a termonebulização.

Ele explicou por que a termonebulização, ou fumacê, está sendo substituída pela nebulização UBV, que utiliza menos inseticida e é mais eficiente. “A nebulização UBV usa um inseticida diluído em água, menos agressivo, e é possível fazer aplicações mais localizadas e mais direcionadas aos locais em que se quer combater as pragas”, disse.

A seguir ele listou os tipos de inseticidas mais utilizados, como os organofosforados, piretroides, neonicotinoides e inibidores de crescimento, e detalhou suas características, suas diferenças e quando devem ser utilizados.

Nicholas abordou novos métodos de controle de mosquitos, como a piretrina natural, que é menos tóxico, e os biopesticidas, como o bacillus thuringiensis israelensis, altamente eficiente contra mosquitos.

Ao concluir, ele disse que hoje usa-se métodos mais sustentáveis no combate aos mosquitos.

 

Arbovírus e seus impactos

A segunda palestra foi com o Professor Dr. Paulo Sanches, que falou sobre os impactos das doenças provocadas pelos mosquitos, suas características e formas de tratamento.

Ele explicou o que são arbovírus, ou seja, vírus transmitidos por artrópodes, como mosquitos e carrapatos, No Brasil existem mais de 210 espécies identificadas de arbovírus, e 39 espécies causam doenças nos seres humanos. Mostrou mapas do Brasil e os tipos de vírus encontrados em cada região brasileira.

Falou sobre os tipos de mosquitos mais comuns no país, como o aedes aegypti, e como o aumento da urbanização e a falta de sustentabilidade causam desequilíbrio ambiental propiciando a proliferação dos mosquitos.

Mostrou como age o vírus da dengue e como é o ciclo de vida do mosquito aedes aegypti. O professor abordou também o processo de multiplicação do mosquito zika e como é feito o diagnóstico das doenças causadas por mosquitos. Falou ainda sobre as vacinas contra a dengue, como a Dengvaxia e a Qdenga, e suas características.

Ele lembrou dos casos de zika e de microcefalia ocorridos no Brasil nos anos de 2015 e 2016 e sobre a infecção por chikungunya, dando detalhes sobre suas características genômicas e dos sintomas da doença. Abordou ainda aspectos da febre oropouche e sua transmissão, além das mortes causadas pela doença no Brasil.

No final da live os dois palestrantes responderam às perguntas dos participantes. Mais de 100 pessoas assistiram a live ao vivo. Clique aqui para assistir a live no canal do CRQ-SP no YouTube.

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