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Acesso em 23/11/2024 às 18h37.

Estudante brasileiro conquista medalha de ouro em Olimpíada Ibero-americana de Química

Estudante brasileiro conquista medalha de ouro em Olimpíada Ibero-americana de Química

Com apenas 18 anos, Enzo Rosenfeld já acumula seis prêmios em competições de Química

23 de outubro de 2023, às 15h37 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Premiado em várias competições de Química, Enzo Rosenfeld sonha em ser pesquisador

 

“Meu ritmo de estudos sempre foi mais leve, só de prestar atenção nas aulas era suficiente”, descreve o estudante Enzo Rosenfeld, 18 anos. Por isso, a família se surpreendeu quando o jovem ganhou a medalha de ouro na primeira olimpíada de química que participou, no circuito estadual de São Paulo em 2022.

O rapaz explica que começou a se interessar pela disciplina há um ano. “Achei bastante interessante perceber que o conteúdo estava totalmente conectado, saber uma parte da matéria me ajudava a ir bem no assunto seguinte, não é algo fragmentado”.

Essa primeira conquista abriu o caminho para uma sequência de vitórias em outras competições de Química. Desde então, o estudante do 3º ano do ensino médio já acumula seis prêmios nessas disputas. “Eu não esperava de jeito nenhum meu desempenho. Isso acabou me motivando a continuar. Perebi que tenho uma facilidade maior com química”, diz Enzo.

Medalha de ouro

O prêmio mais recente foi a medalha de ouro na Olimpíada Ibero-americana de Química, que ocorreu em outubro. Enzo alcançou a maior nota da competição. Ele e outros três colegas representaram o Brasil na competição.

O objetivo do certame, que ocorre há 28 anos, é estimular o estudo da química e desenvolver jovens talentos da ciência. A cada ano, um país iberoamericano diferente sedia o evento. Desta vez, o escolhido foi o Equador. Contudo, a competição foi on-line por conta da instabilidade política em meio às eleições gerais.

Enzo diz que quando passou a participar das olimpíadas seu ritmo de estudos mudou. Com a proximidade das provas, ele intensifica a rotina de revisões, resolve dois simulados por semana e chega a dedicar 10 horas por semana apenas para o estudo da disciplina. “Os professores ajudaram bastante dando aulas para as olimpíadas, além do currículo normal. Sem essas aulas não teria feito 10% do que consegui”, diz Enzo.

Mais do que os estudos em casa e na escola, no ano passado, Enzo chegou a frequentar o laboratório de Química Experimental da Universidade de São Paulo (USP), ao lado de doutorandos do curso. “Achei bem interessante. Vi a tecnologia mais avançada em Química, coisas que via nos textos e que não encontrava no laboratório da escola”, lembra.

Carreira internacional

Essa não seria a primeira vez que as competições de Química levaram Enzo para destinos internacionais. Em abril, ele participou da Olimpíada Internacional de Química Mendeleev, no Cazaquistão. A comitiva brasileira foi convidada a integrar a competição no Leste Europeu.

“Foi a primeira vez que o Brasil participou e ganhei a medalha de bronze. Foi uma experiência bem única. Primeiro pelo país, que era bem diferente, mas também por ter muitas pessoas de várias nacionalidades com um interesse em comum”, afirmou Enzo.

O jovem, que mora em São Paulo, sonha em fazer faculdade no exterior, e vai usar os valores que ganhou nas premiações para custear as inscrições para a graduação nos Estados Unidos. “Agora acabou o ciclo de olimpíadas, e pretendo cursar química na universidade”.

No futuro, Enzo deseja ser pesquisador. “Quero me formar em uma boa universidade, ter meu próprio laboratório e me tornar professor no mestrado ou doutorado”.

Fonte: Conselho Federal de Química

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