Especialista falou sobre a Norma ABNT NBR 16725
Especialista falou sobre a Norma ABNT NBR 16725
Foram apresentadas as regras de rotulagem e preenchimento da Ficha de Segurança de Resíduos Químicos (FDSR)5 de agosto de 2024, às 16h43 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
A Comissão Técnica de Segurança Química do CRQ-IV/SP promoveu nesta segunda-feira, 5, uma live sobre a atualização da Norma ABNT NBR 16725, que trata da Ficha de Segurança de Resíduos Químicos (FDSR) e da rotulagem.
A palestra foi ministrada pela Engenheira Química Ana Maria Menegazzo, que também é pós-graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Oswaldo Cruz e Mestre em tecnologia ambiental pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Ela é Auditora líder ambiental e de segurança do trabalho, e atua como consultora pela empresa AFM EHS.
Segundo ela, o rótulo e a FDSR são os meios pelos quais os geradores de resíduos químicos transferem as informações sobre os perigos envolvidos no transporte, manuseio, destinação e armazenagem de seus resíduos para o receptor, trabalhadores e outras partes envolvidas, possibilitando que eles tomem as medidas necessárias relativas à segurança, meio ambiente e saúde.
O gerador é a parte que gera um resíduo químico; o receptor recebe um resíduo químico de um gerador para utilização em outro processo, reprocessamento ou recuperação, reciclagem, coprocessamento, destruição térmica e aterro; e o usuário é a parte envolvida em alguma operação, como os trabalhadores, empregadores, profissionais de saúde e segurança, pessoal de emergência ou agências governamentais, todos que de alguma forma terão contato com o resíduo.
Os textos da FDSR e do rótulo devem ser escritos em português do Brasil, de forma legível, e comunicar em linguagem compreensível, clara e concisa os perigos dos resíduos químicos ali presentes. Ana Maria explica que a FDSR não é um documento confidencial e a empresa não é obrigada a apresentar a composição completa do resíduo químico, mas os perigos devem ser informados. “Às vezes a gente tem acidentes seríssimos com resíduos porque a embalagem não traz nenhuma informação”, alertou a palestrante.
Ela lembra ainda que o rótulo de transporte tem que ser resistente para que esteja em boas condições até o destino final. Para facilitar o acesso, o gerador do resíduo pode incluir um QRCode que facilite o acesso a FDRS.
A FDRS hoje tem as mesmas seções da FISPQ, a diferença está na identificação de perigos. Também há diferenças nas duas fichas quanto às descrições das propriedades físicas e químicas dos resíduos.
Além de responder as dúvidas dos participantes, Ana Maria mostrou alguns exemplos de rótulos de produtos perigosos e apresentou um modelo preenchido da FDRS.
Mais de 600 pessoas acompanharam a live ao vivo. A gravação segue disponível no canal do CRQ-IV/SP no YouTube. Assista aqui.
Curso – O tema também será aprofundado durante o curso on-line “Como elaborar uma Ficha de Dados de Segurança de Resíduos Químicos”, que o Conselho realizará entre os dias 19 e 21 de agosto. As inscrições já estão abertas.