EPI´s em higiene e segurança de processos
EPI´s em higiene e segurança de processos
Live abordou o uso dos Equipamentos de Proteção Individual na higienização de equipamentos industriais2 de outubro de 2025, às 16h14 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
A higienização de ambientes industriais e equipamentos e o uso correto de Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s – foram o tema de uma live no canal do CRQ-SP no YouTube nesta quinta-feira.
O instrutor foi Lisandro dos Santos da Silva, mestre em Engenharia Química, Membro da ABIQUIM da área de Segurança de Processos, e a mediação ficou a cargo de Pamela Cuani, engenheira de segurança do trabalho.
Lisandro abriu a live explicando o que é a higienização de processos industriais, e destacou as indústrias de alimentos, que utilizam produtos químicos extremamente agressivos. Salientou que os funcionários responsáveis pela limpeza precisam usar EPI’s porque fazem processos complicados e com produtos agressivos, e enfrentam até mesmo questões ergonômicas. Ele destacou a importância da limpeza de equipamentos em empresas químicas e farmacêuticas, em hospitais e restaurantes.
Definiu limpeza, sanitização, as diferenças entre detergentes alcalinos e detergentes ácidos e destacou a necessidade de treinamento dos funcionários responsáveis por essa tarefa, já que eles vão manusear produtos com características diferentes e muito agressivos.
Lisandro listou os tipos de higienização disponíveis em processos industriais e as etapas da higienização, como enxágue, segundo enxágue, desinfecção e secagem, e ao final o descarte dos produtos utilizados, o que exige a presença de um técnico químico, um químico ou um técnico em segurança do trabalho.
Listou os tipos de contaminação que podem ocorrer, como a contaminação cruzada, extremamente perigosa quando ocorre na indústria farmacêutica e de alimentos, e a contaminação que pode ocorrer na etapa de logística e armazenamento, ou por conta de algum equipamento contaminado.
A seguir falou sobre casos de contaminação em alimentos registrados no país, como contaminação por detergente, rato morto, salmonella, contaminação bacteriana em macarrão e contaminações por agrotóxicos, e casos ocorridos na indústria farmacêutica no mundo inteiro.
Relacionou as regras básicas da higienização, como observar o tipo de sujidade a ser removida e determinar a dosagem do produto, entre outras, e explicou como deve ser o sistema de gestão da qualidade, que consegue eliminar as não-conformidades, e verificar a eficácia dos processos.
Listou os riscos na higienização industrial, que podem causar problemas de saúde nos trabalhadores envolvidos nesta tarefa, como doenças respiratórias, contaminação por agentes biológicos e outros problemas, como ruídos, lesões por equipamentos e pelo manuseio de produtos corrosivos.
Lisandro abordou algumas normas sobre o uso de EPI’s, dando como exemplo a norma que determina a proteção da cabeça, que vai depender do tipo de risco envolvido no trabalho. Falou sobre o uso de óculos, protetores auriculares, máscaras e a necessidade de impedir a contaminação cruzada. A seguir falou sobre EPI’s para proteção respiratória e as lesões que podem ser causadas pelo uso prolongado de máscaras. Abordou a questão das vestimentas e sua higienização, que deve ser feita pela própria empresa.
Falou sobre os diferentes tipos de luvas e o uso de cremes protetores para as mãos e protetores solares. Mostrou exemplos de sapatos e botas, dedeiras, macacões, meias térmicas, braçadeiras, seu uso e formas de lavagem, lembrando que esses equipamentos não devem ser levados para a casa dos trabalhadores para serem lavados por haver risco de contaminação, e sim higienizados na própria empresa.
Lisandro falou sobre o sistema 5S de segurança de processos e detalhou suas atividades, e como esse sistema relativamente simples e fácil de aplicar pode otimizar o trabalho dentro das fábricas.
Ao final o palestrante respondeu às perguntas dos participantes. A live está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=SeTajyPkOgI.