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Acesso em 27/12/2024 às 06h32.

Em live, especialistas falam sobre a química capilar

Em live, especialistas falam sobre a química capilar

Palestrantes explicaram a estrutura dos fios de cabelo e como ele interage com os cosméticos

3 de junho de 2024, às 16h38 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

 

Nesta segunda-feira, 3, a Comissão Técnica de Cosméticos do CRQ-IV/SP promoveu uma live para apresentar as características da fibra capilar e a sua relação com os cosméticos, enfatizando a importância da Química no desenvolvimento de produtos. O tema será aprofundado durante o curso on-line “Cabelos: da estrutura ao desenvolvimento de cosméticos“, que o Conselho realizará nos dias 10 e 11 de julho. As inscrições já estão abertas.

A palestra foi ministrada pela Engenheira Química Cibele de Castro Lima e pelo Químico Industrial Matheus Vieira. Cibele é doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), com ênfase em cabelos, e pós-doutoranda no Instituto de Física da USP, com projeto voltado para aplicação de técnicas de raios-x em análise de cabelos. Matheus é especialista em Cosmetologia pela Associação Brasileira de Cosmetologia, Químico Responsável pela Melk Cosméticos e pesquisador colaborador das patentes Tioglicolato de Aminometilpropanol e Cisteamina de Sódio.

Eles explicaram que a estrutura da fibra capilar é pura química. O cabelo é composto por diversos elementos químicos, como carbono, hidrogênio, nitrogênio e enxofre. Sua estrutura é complexa e formada, entre outros componentes, por estruturas chamadas microfibrilas e macrofibrilas, localizadas no córtex do fio e responsáveis pela resistência e elasticidade. A parte mais externa do fio, chamada de cutícula, é responsável pela proteção, brilho e penteabilidade. Entre essas camadas também há o chamado complexo de membrana celular (CMC), formado por lipídeos e proteínas, responsável por unir as estruturas da cutícula e do córtex.

 

 

Em processos de transformação química, como alisamento ou alteração de cor, há uma degradação de grande parte desse complexo de membra celular, uma vez que o produto precisa permear as camadas do fio e chegar até o córtex.

Entretanto, as transformações da fibra capilar não ocorrem apenas com uso de alisantes ou colorações. A própria radiação solar, a aplicação de xampus, o uso de secador e outras fontes de calor, o atrito com a toalha ao secar os cabelos, todos podem alterar a fibra capilar. Uma vez que ocorre a degradação dessa fibra, embora existam produtos que ajudam a tratar o fio, é impossível restaurá-lo completamente.

Os especialistas reforçaram ainda que é fundamental que os profissionais envolvidos no desenvolvimento de produtos ou aqueles que atuam com estética capilar entendam sobre a estrutura dos fios e como ele reage aos diferentes tipos de substâncias.

Uma das dúvidas levantadas pelos participantes foi se seria possível ter um cabelo alisado e, ainda assim, saudável. Vieira explicou que sim. Segundo ele, atualmente existe um termo chamado “alisamento ético”, que se refere aos procedimentos realizados com ativos permitidos pela RDC nº 409, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Os palestrantes também destacaram a relevância das pesquisas e dos produtos nacionais, que têm cada vez mais ganhado espaço no mercado.

Outras informações sobre o tema foram detalhadas na live, que segue disponível no canal do CRQ-IV/SP no YouTube. Acesse aqui.

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