Dia Nacional da Vacinação
Dia Nacional da Vacinação
17 de outubro de 2024, às 13h07 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Nesta quinta-feira, 17 de outubro, é celebrado o Dia Nacional da Vacinação, data que destaca a importância das vacinas na proteção da saúde pública. O CRQ-IV/SP, por meio da Comissão Técnica de Química Farmacêutica (CQFAR), tem discutido o tema e ressaltado a relevante participação dos profissionais da Química neste segmento, desde a síntese e purificação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) – substância fundamental para a produção das vacinas –, até o controle de qualidade, pesquisa e desenvolvimento de formulações.
A produção de vacinas foi destaque em duas lives realizadas este ano pelo Conselho: “Como se faz medicamentos e vacinas“ e “Desenvolvimento de Novos Fármacos: Qualidade e Segurança em Fármacos Sintéticos e Vacinas“, que estão disponíveis no YouTube. O assunto também foi pauta da reunião realizada ontem, 16, pela CQFAR.
De modo simplificado, a vacina é um produto farmacotécnico elaborado que contém, entre outras substâncias químicas, o IFA. Trata-se de uma molécula complexa (macromolécula) derivada ou quimicamente semelhante ao microrganismo invasor, causador de doenças. A molécula é reconhecida pelo sistema imunológico dos indivíduos submetidos à vacina e promove uma resposta, chamada de biossíntese de imunoglobulinas específicas, que os protege contra a doença associada àquele invasor.
Durante a pandemia de Covid-19, e diante da dificuldade na aquisição de insumos do exterior, o debate sobre a produção nacional de IFAs ganhou destaque. “Durante grande parte da pandemia, acompanhamos pela televisão a chegada de contêineres nos aeroportos trazendo os IFAs para a produção de vacinas no Instituto Butantan e na Fundação Oswaldo Cruz. Em 2022, após dois anos do início da epidemia, foi nacionalizado o IFA, e a Fiocruz tinha uma vacina nacional, escancarando a necessidade da produção local de IFAs para vacinas e medicamentos”, destacou o Engenheiro Químico Wilson Zeferino Franco Filho, membro da CQFAR.
O Químico Fabio Luiz Navarro Marques, também membro da Comissão, ressaltou os avanços do Butantan em outras frentes. “Esforços realizados pelo Instituto permitiram a produção verticalizada da vacina contra a hepatite B (recombinante) e já existem excelentes resultados em estudos clínicos para a vacina contra o vírus da dengue, para diferentes subtipos”, afirmou. Fabio também lembrou que cabe aos profissionais da Química participarem das equipes multidisciplinares para desenvolvimento desses produtos, e como cidadãos, uma participação ativa na disseminação da importância da vacinação para a prevenção de doenças como hepatites, HPV e poliomielite.
Esses esforços, juntamente com as campanhas realizadas pelo Ministério da Saúde, são essenciais para aumentar o índice de vacinação no país, que é reconhecido mundialmente por seu Programa Nacional de Imunizações (PNI). O PNI é um dos maiores do mundo e disponibiliza gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) 48 imunobiológicos: 31 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas para toda a população.