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Acesso em 10/10/2024 às 07h48.

Conselheiro federal participou de evento sobre cannabis e cânhamo na Alesp

Conselheiro federal participou de evento sobre cannabis e cânhamo na Alesp

Ubiracir Fernandes Lima Filho disse que a cadeia produtiva que envolve derivados da cannabis pode ser desenvolvidade forma técnica e segura

30 de março de 2024, às 15h18 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Audiência pública debateu as potencialidades econômicas e para saúde de derivados da cannabis. Fotos: Alesp

 

As potencialidades econômicas e agrícolas do cânhamo, uma das variedades da planta cannabis sativa, foram debatidas na primeira audiência pública deste ano da Frente Parlamentar Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O evento ocorreu na quarta-feira, dia 27/03, e contou com a participação do Químico Industrial Ubiracir Fernandes Lima Filho, integrante do Conselho Federal de Química.

O encontro foi organizado pelo deputado Caio França (PSB), coordenador da Frente e autor da Lei 17.618/23, que garante o fornecimento gratuito de remédios à base de canabidiol na rede pública de saúde.

O deputado Eduardo Suplicy (PT), vice-coordenador da Frente, destacou a versatilidade dos benefícios oferecidos pela planta, desde poderes medicinais, produção de tecidos e bioplásticos até a fitorremediação de solos degradados. “É crucial que adotemos regulamentações sensatas, rigorosas para garantir a segurança e qualidade dos produtos relacionados com o cânhamo”, frisou Suplicy, que adotou o tratamento com a cannabis após o diagnóstico de Parkinson em 2023.

Restrições deixam o Brasil de um mercado industrial já bem avançado em outros países, disse Lima Filho

Ao palestrar sobre os potenciais econômicos e sustentáveis da planta, Ubiracir Fernandes Lima Filho defendeu o incentivo às pesquisas científicas e lamentou as restrições da legislação brasileira para o seu cultivo. “A combinação de diversas substâncias químicas para que tenha a propriedade farmacêutica precisa ser estudada. A gente vai ter mais facilidade para pesquisar e avançar com velocidade se tiver matéria-prima”, sublinhou. A cadeia produtiva que envolve derivados da cannabis precisa ser desenvolvida de forma técnica e segura no Brasil, defendeu.

Durante a audiência, mais uma vez  mais uma vez o representante do Sistema CFQ/CRQs apresentou algumas ferramentas químicas que podem ser utilizadas para processos de certificações de cultivares e rastreabilidade de produtos.

Estas ferramentas, que incluem aplicação de métodos químico-analíticos para determinação de biomarcadores específicos de cada cultivar, podem ser uma das peças-chave para que os representantes do Legislativo e Judiciário tenham maior clareza e segurança para suas tomadas de decisão quanto à autorização de cultivo de quimiotipos isentos de componentes psicotrópicos.

Os elevados custos de importação de matérias-primas para produção nacional e as diferentes barreiras que os pesquisadores devem superar para conduzir seus projetos, advertiu Lima Filho em conversa com o site do CRQ-IV/SP, acabam deixando o Brasil de fora de um mercado industrial já bem avançado em outros países.

Até o dia 05/04, haverá a exposição “Cânhamo: Uma revolução agrícola não psicoativa”, no espaço Heróis de 32, na Alesp.

Congresso – Ubiracir Fernandes Lima Filho será um dos participantes do 3° Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal, previsto para o período de 23 a 25 de maio, no Expo Center Norte, na Capital Paulista. Com uma grade abrangendo mais de 100 palestrantes, o encontro tem a expectativa de atrair mais de 1.200 congressistas. Clique aqui para mais detalhes.

 

Com informações da Assessoria de Comunicação da Alesp.

 

 

 

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