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Acesso em 14/11/2024 às 05h21.

Comissão promove live sobre a química dos esmaltes

Comissão promove live sobre a química dos esmaltes

Evento transmitido pelo canal do Conselho no YouTube falou das origens do cosmético até o modelo produtivo atual

19 de maio de 2023, às 16h07 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

Com mais de 300 participantes, live sobre produção de esmaltes terminou com sorteio de vaga para curso

 

O CRQ-IV/SP promoveu no dia 18 de maio uma live intitulada “A química dos esmaltes de unhas”. A palestrante foi Carla Gisele da Silva Moor, Engenheira Química e integrante da Comissão Técnica de Cosméticos do Conselho. Na pauta, a história dos esmaltes, seu processo de fabricação, matérias-primas, características do produto, legislação e outros pontos pertinentes. Para avaliar o conhecimento dos participantes, Carla fez várias enquetes durante a apresentação.

A live foi iniciada com um relato sobre a história dos esmaltes de unhas, que teria surgido na China por volta de 3.500 a.C.; as cores estavam relacionadas com a posição social do indivíduo. O esmalte era produzido com clara de ovo, cera de abelha, gelatina e pétalas de flores misturadas com alúmen (sulfato duplo de potássio e alumínio dodeca-hidratado, popularmente conhecido como pedra-ume). Os egípcios também pintavam as unhas, e nobres e reis usavam cores especiais.

Os primeiros salões de manicure surgiram em 1892. No início do século XX os esmaltes empregavam a tecnologia das pinturas para carros e passaram a ser usados por estrelas de Hollywood. Em 1932, os irmãos Revlon contratam um Químico que inventou um novo tipo de esmalte brilhante e com várias tonalidades. O esmalte chegou ao Brasil na década de 1940. Hoje existe uma enorme diversidade de cores, texturas e brilhos que variam de acordo com os modismos.

Na sequência, Carla Moor mostrou os tipos de esmaltes, como cremoso, cintilante, perolado, metálico, neon e em gel, e relacionou as características de cada um deles. Explicou o que são bases, fortalecedores e produtos complementares, como óleos e cremes, os finalizadores e para que servem. Existem esmaltes hipoalergênicos, que minimizam o possível surgimento de alergias e são vendidos com denominações como X Free, sem matérias-primas que são as maiores causadoras de alergias; como 3 FREE, sem tolueno, formaldeído e dibutilftalato (DBP), entre outros.

A especialista disse que, atualmente, os esmaltes são uma mistura de polímero dissolvido em solvente, e explicou como o produto adere à unha. Depois falou sobre suas propriedades físico-químicas, como viscosidade, densidade, acidez, teor alcoólico, aderência e secagem. Abordou as características organolépticas, como aspectos, odor, brilho e cor, que é a principal propriedade.

Ao longo da apresentação, a profissional mostrou uma tabela com especificações dos esmaltes, como viscosidade, teor de sólidos, brilho e secagem. Chamou a atenção para a importância do teste de estabilidade, necessário a todos os cosméticos, que define o prazo de validade de cada produto.

Outro ponto a ser considerado na produção de esmaltes, salientou Carla Moor, é a tixotropia, que diz respeito ao aumento e redução da viscosidade por agitação, um fator importante para os esmaltes, e sobre as matérias-primas utilizadas na produção, que são os solventes, como acetato de etila, tolueno e álcool isopropílico, os formadores de filme, plastificantes, agentes tixotrópicos, aditivos e diluentes.

Ela também explicou como utilizar corantes e pigmentos e os respectivos tipos: naturais, orgânicos, inorgânicos e sintéticos, suas diferenças e as características. Ao falar sobre o processo de produção de esmaltes, a palestrante deu detalhes sobre como é feita a adição dos corantes e pigmentos à base, que ocorre sob agitação e num processo controlado.

A seguir Carla Moor abordou a legislação, sendo a mais importante a Resolução 752/22, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sobre cosméticos, que lista o grupo de produtos de grau 1, como esmaltes e vernizes. Também citou outras resoluções que precisam ser observadas pelos fabricantes: a RDC 529/21, a RDC 530/21 e a RDC 628/22, que tratam apenas de corantes, e a RDC 645/22, que aborda o uso do acetato de chumbo, formaldeído, paraformaldeído e pirogalol.

Os esmaltes infantis, que são à base de água, e se assemelham a uma cola colorida que descola da unha e não necessita de acetona ou removedor para ser retirado. Eles exigem avaliação de segurança, explicou a palestrante.

Ao final da apresentação foi sorteada uma vaga para o curso “Desenvolvimento de Produtos Cosméticos a partir da Tecnologia de Óleos Vegetais Ozonizados”, que a Comissão Técnica de Cosméticos do CRQ-IV/SP promoverá nos 12, 21 e 28 de junho, das 9h às 12h, pela plataforma Sympla. O ganhador foi o profissional Adriano Lima. Clique aqui para obter mais detalhes sobre o curso.

A íntegra da live sobre a química dos esmaltes de unhas, que no momento da publicação desta matéria já tinha mais de 300 visualizações, está disponível neste link.  

 

 

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