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Acesso em 06/12/2024 às 11h55.

Comissão faz live sobre boas práticas de fabricação na área de alimentos

Comissão faz live sobre boas práticas de fabricação na área de alimentos

Tema será aprofundado durante o curso on-line que ocorrerá de 3 a 6 de junho

13 de maio de 2024, às 16h55 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

 

A Comissão Técnica de Alimentos e Bebidas do CRQ-IV/SP promoveu nesta segunda-feira, 13, uma live no YouTube para falar sobre as Boas Práticas de Fabricação (BPFs) na área de alimentos, abordando desde os principais conceitos até estudos de casos e exemplos práticos. O tema será aprofundado durante o curso on-line Imersão em Boas Práticas de Fabricação de Alimentos, que o CRQ-IV/SP realizará no período de 3 a 6 de junho. As inscrições ainda estão abertas.

A primeira palestrante da tarde foi Daniele Faria, Graduada e Mestre em Ciências dos Alimentos e doutoranda em Ciências dos Alimentos com foco em Microbiologia na Universidade de São Paulo (USP). Segundo ela, as BPFs são um conjunto de normas e procedimentos que devem ser seguidos por empresas que atuam na produção, manipulação ou transporte de alimentos, ou mesmo por empresas que produzem embalagens ou produtos que terão contato com alimentos.

O objetivo é garantir a qualidade e a segurança do produto alimentício para o consumidor, evitando riscos físicos, químicos e microbiológicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento são os dois órgãos responsáveis por fiscalizar o cumprimento dessas normas nas empresas.

Jacqueline Gerage, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos também pela USP, explicou que as legislações de BPFs tiveram início em 1993, com a publicação da Portaria 1.428, do Ministério da Saúde, que descreveu as diretrizes gerais da fiscalização de alimentos no Brasil. A partir daí uma série de normas foram criadas para regular o tema. Ela lembrou que o consumo de um produto que está com falhas nas BPFs pode gerar doenças ou, dependendo do risco e da situação de saúde das pessoas, causar danos ainda maiores. Além de sofrer um grande prejuízo de imagem, a empresa pode ser obrigada a pagar indenizações determinadas por processos judiciais.

As palestrantes ressaltaram que as diretrizes de BPFs devem ser aplicadas em toda a cadeia, desde a produção dos insumos no campo, transporte, embalagem, comercialização, higiene das pessoas envolvidas, equipamentos, entre outros processos. Investir em treinamentos contínuos, tanto de competências técnicas quanto comportamentais, além de auditorias internas, é fundamental para garantir as BPFs.

A diferença entre controle de qualidade, gestão da qualidade e sistema de qualidade foi uma das dúvidas levantadas durante a live. As especialistas explicaram que o controle de qualidade é focado no produto e está atento aos parâmetros de produção para garantir que os requisitos estão sendo atendidos. A gestão da qualidade é responsável por entender os requisitos legais e encontrar formas de aplicá-los na prática da produção. Já o sistema de gestão é um método utilizado para que toda a empresa crie uma cultura da importância da qualidade em todos as etapas do processo produtivo.

As palestrantes lembraram ainda que os ensaios de controle de qualidade também devem ser executados durante todo o processo de produção para evitar retrabalhos ou mesmo descarte de toda a produção final. Por fim, apresentaram alguns softwares de gerenciamento de documentos, cases de empresas que atuam na área de alimentos e esclareceram outras dúvidas dos participantes.

Integrantes da Comissão Técnica de Alimentos e Bebidas do CRQ-IV/SP, Daniele e Jacqueline serão as instrutoras do curso “Imersão em Boas Práticas de Fabricação de Alimentos”. Confira aqui mais informações sobre o treinamento.

A live segue disponível no canal do Conselho no YouTube.

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