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Disponível em <https://crqsp.org.br/live-abordou-a-corrosao-de-metais/>.
Acesso em 29/06/2025 às 10h48.

Live abordou a corrosão de metais

Live abordou a corrosão de metais

Especialista explicou técnicas de prevenção e de quantificação

16 de junho de 2025, às 15h48 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

O CRQ-SP promoveu nesta segunda-feira em seu canal no YouTube uma live sobre os conceitos básicos e técnicas de prevenção da corrosão.

A live esteve a cargo de Célia Santos, química com especialização em ensaios e técnicas eletroquímicas, tratamento de superfícies e inibidores de corrosão, com atuação no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT.

Ela abriu a live explicando o conceito de corrosão, que é um processo espontâneo, aplicável a ferro ou ligas como o aço-carbono, e que não abrange metais ou ligas patináveis. Deu exemplos de metais patináveis, como o cobre e o titânio, utilizado em implantes médicos, e trouxe o conceito de corrosão adotado pela IUPAC.

A corrosão afeta os setores industrial, comercial, agrícola, de entretenimento, o patrimônio cultural, já que atinge estruturas metálicas e de concreto armado, dutos, infraestrutura de transporte aéreo, terrestre e naval, usinas e reatores nucleares, entre outros. Ela causa prejuízos de 3% a 4% do PIB dos países industrializados. No Brasil, o custo da corrosão foi estimado entre 351 e 468 bilhões de reais em 2024, um valor bastante relevante, e que está ligado à segurança.

Ela explicou os tipos de corrosão, como são detectados e como surgem as trincas nos materiais. Explicou o conceito de taxa de corrosão e de como ela é quantificada.

 

 

Célia Santos explicou o que é corrosão por pites ou puntiforme e como se dá sua propagação. Esse tipo de corrosão é altamente localizado, pequenas regiões sofrem intensa degradação, e é de difícil detecção. Esse tipo de corrosão pode causar o rompimento da estrutura, podendo comprometer a integridade do componente metálico.  Também explicou o que é corrosão por frestas ou intersticial, que em situações extremas pode causar até mesmo a perfuração da chapa metálica, e abordou outros tipos de corrosão, como a galvânica.

Ela discorreu sobre os conceitos eletroquímicos da pilha de Daniell, que ilustra os conceitos da corrosão, da célula galvânica e da equação de Nernst. A seguir mostrou ensaios de corrosão, como o de névoa salina e de imersão, e como são feitos. Explicou que se pode fazer o monitoramento contínuo da corrosão, e como ele é realizado, de acordo com o tipo de estrutura. A seguir mostrou em detalhes várias maneiras de se fazer a proteção contra a corrosão com o uso de ligas resistentes contendo aços inoxidáveis, níquel e titânio, de revestimentos protetivos, e a realização de um pré-tratamento, como a limpeza superficial.

Mostrou como a inteligência artificial pode ajudar a prever o comportamento dos materiais na atualidade, e permite a descoberta de soluções inovadoras. Na sequência ela trouxe um exemplo prático de caso de corrosão em uma empresa mineradora, e de como o problema foi resolvido.

Ao final a palestrante respondeu às perguntas dos participantes. Mais de 210 profissionais acompanharam a live, que pode ser acessada por este link.

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