Live realizada pelo CRQ-IV/SP nesta segunda-feira, 18, tratou sobre os fundamentos da Cromatografia de Troca Iônica, dando continuidade às discussões sobre Cromatografia Gasosa e Cromatografia Líquida, temas abordados em lives anteriores. A palestrante Luísa Barrella Ambrosio iniciou a apresentação com uma breve introdução ao conceito de cromatografia, técnica usada para separar componentes de uma amostra com base na interação e distribuição entre duas fases: a móvel e a estacionária. Luísa é graduada em Química Tecnológica, mestre em Química, Líder de Produto na Shimadzu do Brasil e docente.

A cromatografia iônica é aplicada na separação de íons e baseia-se na interação entre as cargas das moléculas a serem separadas e as cargas presentes em uma resina de troca iônica. A técnica utiliza aparelhos detectores responsáveis por monitorar a concentração dos íons, sendo o mais comum deles o detector de condutividade, que verifica a variação de condutividade elétrica.

Em seguida, a especialista detalhou o funcionamento do sistema de cromatografia iônica sem supressão e com supressão, sendo o segundo mais sensível, permitindo a análise de quantidades muito pequenas de íons.

A técnica da cromatografia iônica encontra aplicações em diversas áreas, como meio ambiente (para análise de águas residuais, água potável, águas subterrâneas e de refrigeração), indústria alimentícia (análise de água mineral e bebidas), farmacêutica, entre outros processos químicos.

A palestrante apresentou exemplos práticos do uso da cromatografia iônica, como a análise de ânions em água de torneira, análise de cátions em água potável e águas residuais, conforme a norma ASTM D6919-03, além da análise de nitrogênio e fósforo em águas ambientais. Ela destacou também a importância das análises simultâneas, como a de ânions e cátions em amostras ambientais, realizadas por meio de dupla injeção.

As análises apresentadas por Luísa foram realizadas com o cromatógrafo iônico HIC-ESP, da Shimadzu, um sistema com alta eficiência de supressão e estrutura de multi-camadas, ideal para a separação precisa de íons.

Durante a rodada de perguntas, Luísa explicou que a análise de metais com maiores números atômicos deve ser feita pelo método ICP (Plasma Indutivamente Acoplado), que oferece maior precisão e sensibilidade.

O evento foi mediado pela Química Ingrid Ferreira Costa, da Comissão Técnica de Divulgação.

A gravação da live segue disponível no canal do Conselho no YouTube.

Sorteio – Durante a live também foi realizado o sorteio de um voucher que garante acesso gratuito a qualquer um dos seus cursos on-line que serão oferecidos pelo CRQ-IV/SP em 2025. A promoção havia sido anunciada no perfil do Conselho no Instagram. A ganhadora foi a profissional Paula Picoli.