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Acesso em 21/11/2024 às 21h57.

Comissão realiza live sobre Inventário de Gases de Efeito Estufa (GHG)

Comissão realiza live sobre Inventário de Gases de Efeito Estufa (GHG)

Palestrante explicou o que é o protocolo e como aplicá-lo nas empresas

23 de setembro de 2024, às 16h06 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

O Químico Marcio Lima apresentou as ferramentas e diretrizes para elaboração do Inventário de Gases de Efeito Estufa 

 

A Comissão Técnica de Meio Ambiente do CRQ-IV/SP promoveu nesta segunda-feira, 23, uma live que abordou os principais conceitos e diretrizes relacionadas ao Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GHG). O evento teve como objetivo esclarecer como as empresas podem monitorar, quantificar e reduzir suas emissões, considerando as exigências crescentes na área de sustentabilidade.

O Químico Marcio Rogerio Azevedo Lima, que possui mais de 20 anos de experiência em Gestão Ambiental e Eficiência Energética, foi o palestrante do dia. Dando início a sua apresentação, o especialista falou sobre o Acordo de Paris, que foi assinado em 2015 com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global em até 2°C até o final do século, e o NetZero, conceito que foca na redução ou eliminação das emissões de carbono, visando desacelerar o processo de aquecimento global e as mudanças climáticas.

Lima também deu destaque para o GHG Protocol, a ferramenta mais utilizada para esse tipo de inventário e que estabelece um padrão de quantificação de emissões compatível com a ABNT NBR ISO 14.064. No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) é a entidade responsável por coordenar a aplicação dessa metodologia, que abrange três escopos: a medição de emissões diretas geradas pela organização, emissões indiretas decorrentes do consumo de energia elétrica e outras emissões indiretas, como as geradas por parceiros e fornecedores.

De acordo com o palestrante, o processo de criação de um inventário de emissões de GHG envolve várias etapas, desde a identificação das fontes de emissão até a análise de alternativas tecnológicas e financeiras para sua redução. Marcio Lima enfatizou que, após o mapeamento das emissões, a empresa deve definir um plano de ação para redução e, quando necessário, compensar as emissões que não puderam ser evitadas. Ele também lembrou que empresas especializadas podem ser contratadas para auditar os dados do inventário, garantindo a sua precisão.

As empresas, segundo Lima, estão cada vez mais pressionadas a adotar estratégias de descarbonização ao longo de todo o ciclo de vida de seus produtos — desde a extração das matérias-primas até a fabricação e descarte.

Instituições financeiras como o BNDES, por exemplo, oferecem linhas de crédito voltadas exclusivamente para projetos com foco em eficiência energética e redução das emissões de CO2. Há investidores que liberam verbas apenas para quem apresenta projetos de descarbonização. “Quem estiver preparado vai levar vantagem”, concluiu Lima.

O encontro foi mediado pelo engenheiro químico Wagner Pedroso de Miranda, membro da Comissão Técnica de Meio Ambiente, que contribuiu com questões práticas e técnicas durante a discussão.

Essas e outras informações podem ser encontradas na live, cuja gravação segue disponível no canal do Conselho no YouTube.

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