Pesquisador desenvolve tijolos ecológicos com resíduos industriais
Pesquisador desenvolve tijolos ecológicos com resíduos industriais
Estudo realizado na UFG é finalista do Falling Wall Lab Brasil, que premia projetos inovadores5 de setembro de 2024, às 14h53 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto
Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (Ciamb) da Universidade Federal de Goiás (UFG) propõe produzir tijolos a partir da reutilização de resíduos de mineração, retalhos de tecidos e garrafas PET.
O projeto, desenvolvido pelo pesquisador Hélio Elias da Silva em seu doutorado, sob orientação do professor Nelson Roberto Antoniosi Filho, do Instituto de Química (IQ/UFG), é finalista do Falling Walls Lab Brasil, que será realizado em 27 de setembro, em Recife (PE).
Se aprovado, o projeto será apresentado na fase final da competição em Berlim, Alemanha, em novembro, entre centenas de competidores de todo o mundo. Anualmente, o Falling Walls Science Summit premia projetos científicos disruptivos e inovadores.
Segundo o pesquisador, o processo de criação desses tijolos envolve a mistura de resíduos de mineração de ferro e esmeraldas com pó de tecidos de poliéster e pó de garrafas PET. “Essa mistura é prensada em moldes metálicos e aquecida, resultando em tijolos que possuem qualidade comparável aos tradicionais tijolos de solo-cimento”, explica.
Conservação – A inovação não só oferece uma destinação útil para quatro tipos de resíduos que, se descartados inadequadamente, poderiam causar poluição, como também contribui para a conservação de matérias-primas naturais. “Essa abordagem pode diminuir significativamente a extração de materiais virgens da natureza, evitando a degradação ambiental”, comenta Hélio Silva.
Além de ser uma solução ambientalmente amigável, os tijolos propostos pela pesquisa podem ajudar a mitigar o déficit habitacional no Brasil. A técnica de produção evita a derrubada de árvores nativas do Cerrado, comumente utilizadas na queima de tijolos cerâmicos, e impede a extração de argila das margens de córregos e rios, preservando os recursos hídricos e a fauna.
Clique aqui para assistir a entrevista do pesquisador Hélio Elias da Silva ao programa Viver Ciência, da TV UFG.
Com informações de Luiz Felipe Fernandes, do Jornal da Universidade Federal de Goiás